Ei!

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Desclausura

Acordei, bocejei e olhei para o teto.
Aquela preguiça chata ainda me abraçava forte e não me permitia levantar da cama.
Por mais que eu lutasse contra e gritasse ela não me largava.
Aos poucos ela ia perdendo a força então eu consegui enfim me levantar.
Meu corpo pendia de um lado para o outro como uma marionete,
Mais quem era o manipulador?
Fui á frente do espelho e olhei bem aquele rosto,
Não parecia aquele no qual eu deparei antes de deitar.
Barba por fazer, olhos cansados, e longínquos mesmo olhado para si mesmo.
O cabelo atrapalhado das horas viradas na cama,
Rolando, fingindo achar uma posição confortável para dormir,
Não era isso que estava fazendo, estava tentando convencer meu corpo que realmente precisávamos de algumas horas de sono.

É chato acordar e toda a disposição de fazer algo sumir,
Não ser mais aquela pessoa determinada que era antes do sono.
Por que nesse momento ainda coloco as músicas mais depressivas que encontro no meu arquivo?

Acordo em uma necessidade de sentir, não sentir a mim,
Sentir um calor, que nenhum agasalho pode me dar.
Acordo em uma necessidade de sorrir até doer ou meus lábios e dizer eu gosto.
Sentir um abraço que os meus próprios braços não sabem dar.

Não concluo, não digo e não faço.
É mais forte que eu, e por mais que eu tente, realmente tente muito mudar isso,
ou pelo menos fingir que não está mais ali, aparece uma nova maneira de me puxar pra baixo e me tornar sempre menor do que posso ser.

Você pode vir até aqui?
Eu sei que estou sendo muito egoísta,
Penso que talvez tenhas o mesmo conflito, quiçá, pior que os meus.
Mais é que eu preciso disso, se não poderes me ajudar e isso for recíproco, pelo menos teremos um ao outro concorda?

Acordei, bocejei e olhei para qualquer direção que a minha mente permitia.
Aquela preguiça chata ainda me abraçava e não me permitia fazer muita coisa.
Por mais que eu lutasse contra e gritasse ela na me largava.
Ela já está bem fraca agora.
Mais meu corpo ainda pende como uma marionete.
Mas quem diabos é o manipulador?
Novamente fui à frente do espelho e olhei bem aquele rosto,
Não se parecia com nada daquele que eu vi antes de me deitar
Barba por fazer, olhos cansados, e longínquos mesmo olhado para si mesmo.
O cabelo atrapalhado das inquietações que costumo ter quando tudo está escuro
Rolando, fingindo ser o meu melhor método para dormir,
Não era isso que estava fazendo, estava tentando convencer meu corpo que realmente precisávamos de algumas horas de sono.

É chato acordar e ver que já não sou mais o mesmo que antes,
Não ser mais aquela pessoa determinada que era antes do sono.
Por que nesse momento ainda coloco as músicas mais depressivas que encontro no meu arquivo?

Acordo com uma necessidade ativa de concluir
De falar, de abraçar, de correr de olhar.
Mas a voz não me sai da garganta,
Meus braços se atrofiam em um ríspido NÂO.
Minhas pernas só indicam o caminho da rotina,
E meu olhar está vago, á espera de preenchimento.

Fiz por bastante tempo necessidade de não me preocupar.
Então eu não posso me preocupar agora,
Será que eu realmente estou em um caminho sem volta?
Pois se estiver, temo o pior, pois eu não se alguém consegue viver assim.
Não. Não, não penso acabar com a minha própria vida, isso é muito covarde.
E já tenho muitos termos pejorativos na minha característica para acrescentar mais um.

O que quero é parar de fingir que está tudo bem,
Parar de fingir que não posso,
Parar de fingir que você não está ai,
Aceitar carinho ao invés de afastar,
Aceitar ternura e a oferecer em troca.

O que preciso é mesmo sorrir.
Mais o meu sorriso só não vale a pena,
Não tem ninguém alem de mim para vê-lo,
Ninguém alem de mim para incitá-lo.

Novamente esqueço de todas as pessoas a minha volta e penso só em mim,
Esqueço de todo mundo que me rodeia e fica abatido com a minha condição precária,
Mais o que ninguém perceber, é que esse abatimento só me torna mais e mais impotente;
E presumo ter já uma dose equivalente.

Bem, por hora tenho que parar de acumular palavras,
Deu a minha hora de trabalho,
Novamente eu volto a minha rotina desesperadora,
Mais amanhã é sexta-feira,
O inicio da minha tentativa de desclausura.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

cor

Fecho os olhos, Ai sim eu vejo.
Não vejo tudo colorido, não vejo tudo alegre!
É irônica a diferença que as coisas mostram ter quando fecho meus olhos.
Pois é quando eu cubro-as com o meu manto de pálpebra
É nesse momento que elas ganham mais sentido.

Minha vida não é colorida nem feliz,
Mias por que eu tenho uma certa preguiça de colorir.
Cor sinônima de felicidade
Mais a minha vida é uma obra de arte,
E quem te disse que pra ser arte precisa ter cor?

Vejo o meu próprio olhar,
E apesar de numerosas palavras descrevendo-o como misterioso
Eu digo o contrario,
É a pura e simples solução para o meu mistério.

Não amo, não me entrego, não permito!
Isso é convivência,
Não são cicatrizes que me deixaram assim!
Não as possuo, apenas deixei algumas para trás!
E não. Não me orgulho disso,
E não. Não queria que elas estivessem em mim!

Por não distribuir cores,
Julgam me incapaz,
Pobres diabos.
Não conseguem ver a minha arte monocromática.

Sou simples,
Não preciso de cores e tons.
Só preciso de um bom jogo de luz e sombra.

Não sou uma pessoa ruim, tão pouco sou uma pessoa boa!
Não me importo com o que te aconteças, mais também não lhe desejo mal algum!
O que quero é puro e simples.
Eu quero deixar de sobreviver, para começar a viver.

Não sinto mais dor

Não consigo compor hoje!
Não me vem nada bonito pra dizer,
Será que minha veia poética explodiu?

Que faço agora?
Era a única coisa que pensei que poderia dar certo.

Penso que sei o motivo,
O que mais inspira uma pessoa escrever é a dor!
Sim, a dor tem o seu lado bom, nem que seja por apenas admiração de terceiros.
Não sinto mais dores, é claro, não me sinto feliz também.
Não sinto...

Não consigo sentir,
Como escreverei sem sentir?
Como sentirei sem escrever?
Droga!

Estou vendo que me reduzo a nada a cada dia que passa!
Mais isso está dentro de mim!
Se estiver na pior mostro minha melhor face,
Mais se melhoro eu pioro!
Mais isso está dentro de mim?

Como posso acabar com algo que ao mesmo tempo me destrói me dá vida?
Acho que terei que partir daquele principio de conciliação!
Já que não posso e nem vou conseguir destruir nada, então manterei!
Não mudarei e nem tentarei ajeitar as coisas,
Apenas viverei, penso que não tenho outra opção!

Já vi até onde posso ir,
Os meus limites.
Já vi onde os meus erros podem me levar!
Tenho uma coleção enorme deles, então não tem muitos mais para encontrar!
Então vamos em frente!

O mais engraçado de tudo,
Que mesmo com toda essa desconfortabilidade,
Eu não sinto mais dor!