Ei!

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quarta-feira, 30 de junho de 2010



Roubei um sorriso.
Era o mais lindo do mundo, o maior e mais emocionante.
Era loucura se entregar a ele, mais eu não pude resistir.
Ele veio rápido e não teve como desviar.
No momento que eu entrei na sua mira, não percebia a dimensão dele, o estrago que poderia ser feito.

Estrago, exatamente essa a palavra,
Pois roubei um sorriso que não vinha só na minha direção,
Que não alegrava só a mim,
Ele estava lá antes d'eu chegar, e era lá que devia se manter.
Em cima do seu pedestal.

Não tive a intenção de roubar, sério, só que tive que ir embora tão rápido, e ele estava na minha mão.
Não deu tempo de devolver para seu lugar de origem,
Só deu tempo pra fugir e me esconder da represaria que veio logo após o meu delito.

Passei noites em claro, a rolar na cama apenas pensando nisso,
Olhava aquele sorriso que estava nos meus braços, mas não conseguia sorrir junto.
Tinha feito uma coisa horrível, e apesar de nunca ser de me importar muito com as coisas,
Dessa vez não houve maneira que me colocasse na apatia.

Resolvi escondê-lo, assim ninguém mais viria a prova do meu roubo.
Coloquei no canto mais úmido e escondido do meu ser.
Onde ninguém consegue chegar, sem chances de ser achado algo ali.

Agora, quando eu quero ficar alegre, mesmo que seja por alguns instantes.
E só descer até o calabouço do meu ser, e dar uma rápida olhada naquele sorriso.
Que está preso dentro de mim, e será eternamente meu.

Enquanto estiver vivo, seguirei com o peso de um roubo medonho,
E mesmo esse fato, não me tira aquele sorrisinho de satisfação, quando lembro daquele sorriso vindo na minha direção.

Dialogo em P&B

P: Mais você ainda insiste com essa idéia?
B: Não sei do que você está falando.
P: Não se finge de bobo, que isso você não é nenhum pouco.
B: Não estou fingindo de bobo, só realmente não faço idéia do que se passa.
P: Por que não para de me mandar recados por outras vias e não faz isso pessoalmente?
B: Não me lembro de alguma coisa que ainda possa fazer sentido pra dizer, então não há nada a dizer.
P: E isso que vem sendo pregado por você esse tempo todo?
B: Sendo sincero, claro que no começo queria te alcançar, mais você mesmo atingida não recuava, estava sempre em pose de defesa, e quando atacava não sobrava nada de mim. Vi que não podia contra a muralha que foi criada a sua volta, então eu desisti.
P: Desistiu?
B: Não parece não é? Mais é isso sim, eu desisti, mais não foi só de você e sim de tudo.
P: Isso é patético.
B: Olhe nos meus olhos, vê, não há nada, então porque isso? Está ficando repetitivo.
P: Você é um porre!
B: está rendendo assunto por que quer.
P: Quando um não quer dois não brigam?
B: Quando um não se interessa, dois não discutem.
P: Já estamos discutindo.
B: Exatamente.
P: O que você quis dizer com isso.
B: Que entre nós dois não existe um que não quer e um que não se interessa.
P: (...)
B: Se calou, então concorda comigo não é?
P: Não sei o que dizer.
B: Diga sim.
P: Sim pra que? pra tentar...
B: Não, não, não. É só pra concordar com a idéia.
P: E por que razão faria isso?
B: Não sei, não procuro te conhecer estando afastado! É masoquismo demais. Estou propondo ajuda mútua
P: Quem disse que eu preciso de ajuda?
B: Você disse.
P: Não me lembro disso.
B: Você pede o tempo todo. Com seus olhares, suas palavras, seus sorrisos amarelos de canto de boca.
P: Anda reparando demais em mim.
B: Se pedirem a minha descrição a ti saberá dizer a mesma coisa, pois estamos assim juntos, e não a há nada que possa ser feito pra mudar, você sabe disso tanto quando eu, só não quer aceitar, assim como eu.
P: O que propõe que façamos?
B: Que encaremos um ao outro de forma diferente agora.
P: E que forma seria essa?
B: Cara a cara
P: Eu não consigo.
B: Então mandemos cartas um para o outro.
P: Eu acho que seria melhor.
B: Não precisamos nos ver, nos tocar, mais o não se falar não precisamos acatar.
P: Ok! Posso te ligar de vez em quando?
B: Não sou muito fã de telefones, mais adoraria ter sua voz só pra mim em alguns instantes.
P: Então ficamos assim.
B: Seria uma ótima idéia.
P: Adeus.
B: Até logo.

terça-feira, 29 de junho de 2010

saudade de mim!




É, to com muita saudade de mim.
Acho que é o que mais sinto falta de tudo que pode me fazer falta.
Lembro dos velhos tempos, nem tão velhos assim,
Não me lembro de década ter passado por eles.
Lembro-me da época que ria das coisas porque as achava engraçadas,
Não essa risada de frustração ou conveniência de momento,
Lembro que sair correndo na chuva não era coisa de pessoa fora de si,
Que MTV era o meu canal favorito,
Que ser chamado de idiota era até que legal.
Mais tudo acabou, tudo passou, tudo morreu.
A morte é pior que a vida, pois não podemos mais mudar o que morreu,
Vai ser sempre assim, eternamente assim.
Que saudade de mim, não sinto o mesmo gosto na maçã,
Não tenho ciúmes mais daquele rapaz,
E não consigo mais ver beleza naquela rapariga.
Que saudade da época de passos menos pensados,
De tropeços divertidos, de amassos escondidos da tia.

E nesse tempo todo que eu caminhei, eu me esqueci como faz pra ser feliz.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Crise

Juntei as nossas coisas em uma sacola,
lembranças, emoções, matérias...
fui pro alto de uma colina e atirei as chamas.
algumas coisas foram difíceis de materializar para queimar junto, mais eu deu meu jeitinho.
a fumaça era muito tóxica, tinham muitas coisas ruim ali queimando,
coisas horríveis, memórias ruins.
não as minhas é claro, não tenho a capacidade de guardar qualquer coisa do tipo,
a suas é claro.
nossa como aquela fumaça cheirava mal, entrava em meus pulmões e me enchia de desespero e saudade.
como eu queria sair dali, mais não era capaz, tinha que ver até a ultima brasa se extinguido, não podia sair dali até ter certeza que o passado seria passado outra vez e de vez.
mais o desespero aumento, a nostalgia incomodava, a fumaça arranhava a minha garganta e não me deichava gritar. estou sufocando, e por que não me tiram daqui, por que me deicham fazer isso.
Não! por que eu fiz isso? queimou tudo, e agora? o que eu vou ter? as cinzas, meu deus o desespero era do absurdo que eu estava fazendo e agora tudo se foi...virou cinzas, e eu estou apagado.

acordo no meu quarto e me pego olhando fixo para o teto sem nem piscar ou mostrar algum sinal de sono, será que foi um sonho?

corri, nóssa! Ainda bem...suas lembranças estavam a salvo de qualquer idéia torta.
escondidas onde só eu posso recordar, e em gozo masoquista eu as abraço e então está tudo bem, até a próxima crise de falta.

Persona

serei sempre assim.
desculpe se te incomodo.
alias, qual é o motivo que me faz pedir desculpas?
não posso me desculpar por desagradar estando assim tão longe não é?
que feio da minha parte, achar que ainda posso fazer alguma coisa alem do que já fiz!
infantilidade,inutilidade, incompetência, irracionalidade.

palavras e mais palavras, sem nenhum contexto.

enquanto fingimos não estamos falando um com o outro.
pelo menos escrevemos.

Ah sim, muito obrigado, você ainda é um ótimo exemplar de observação.

namenlos

saí de casa, tentei pular alguma fase da odiosa porem harmonica rotina.
a claro, por que eu não percebi que o que estava fazendo era justamente voltar a rotina, não a mesma do garoto viciado em internet e seriados de madrugada, para o amigo beberrão e fazedor de fumaça.

coisa mais entediante não é ter uma rotina que não muda, e sim ter várias rotinas e ir se revesando por elas.

não consigo escapar delas, fui me moldando a partir das mesmas, então sair? Eu creio que não conseguirei fazer isso uma opção, pelo menos não agora. Quando tento algo parecido ao invez de escapar eu crio uma nova.

mais também, eu sequer sei o que quero, como vou sair de um buraco se não tenho ferramentas para tal?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

conversas de madrugada

poderia muito bem "aproveitar" esse meu tempo de madruga para baixar algum anime que eu não vi ainda,
pra ver pornografia, zoar com a cara de algum amigo nos sites de relacionamentos,
estudar, tentar achar uma boa forma de ingressar na faculdade.
bem, poderia fazer cada uma dessas coisas, ou até todas elas, mais ainda sim faltaria uma coisa!
hoje vou para a minha cama relaxado, não desperdicei mais um dia completo da minha vida.

quando sento na frente do computador, não sei ao certo o que eu procuro fazer,
se é me descontrair eu estou obviamente fazendo da maneira errada.

mais por hoje, eu joguei fora a conversa pre-fabricada e me permiti que fosse livre,
escutei mais do que falei. mais foi uma terapia, creio que para mim e para as outras duas pessoas também.

foi psicólogo hoje de mim mesmo escutando as pessoas, me transformei mostrando a minha verdadeira face para duas pessoas importantíssimas pra mim, e apesar de não sentir o calor da presença delas aqui do meu lado, pude fechar os olhos e ver os sorrisos...e sorrir junto com eles!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

velhos hábitos

Tô completamente sem graça,
Os velhos costumes não me entretêm mais.
Não jogo mais bola, não jogo conversa fora,
Não dou risada da roupa das pessoas, e nem comento sobre a prova de amanhã na escola.

A luz da lua já não é vista como era antes,
O frio não é tão charmoso e o calor não incomoda tanto,
A saudade é um velho visitante que cansou do seu anfitrião.
Os livros de romance ficaram para traz, e os desenhos estão em preto e branco.

A fumaça do cigarro não tem mais o mesmo gosto,
E nem o café preto.
O álcool há muito tempo já não me deixa relaxado, e aqueles lugares antigos,
A sim, são bonitos apenas na lembrança.

Já convenci as palavras e os aconselhados das mesmas que o costume,
Aquele do passado é velho, e por isso não me chama mais a atenção.
Mais quando será que eu, o mais interessado nisso vai acreditar?

O único problema é sempre querer mais e mais e nunca sair da mesmice,
Não pense que a falta do sorriso nesse rosto franzino signifique tristeza,
É apenas a ausência de algo a suspirar.
É isso que faz falta de verdade, o suspiro que damos quando fazemos uma coisa na qual nunca imaginada.

Meus velhos hábitos não conseguem me acompanhar mais,
Não que eles sejam insistentes, pelo contrario, se fosse apenas da escolha deles eles teriam partido a muito, sou eu quem permanece na irritante idéia que uma hora eles vão me descontrair.

É, meus velhos hábitos estão cansados de correr e se sacrificarem por mim,
Está na hora de deixá-los partir, e começar a alimentar os fetos de vontade que pairam na minha cabeça.

Uma criança não é um bom substituto para um idoso, mais assim, ao invés de apenas lembranças, creio eu que terei mais sorrisos.