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domingo, 14 de março de 2010

seis pontas (Ele parte 6)

A sexta série era um mundo diferente, era uma outra escola, outras pessoas um outro lugar!
Mais não fazia muita diferença para Ele, já tinha se decidido a respeito de sua convivência com terceiros, e ela seria nula.
Não prosseguiu papo com o enturmado que se sentou ao seu lado, e nem para a garota tímida que o olhava do canto da sala. A não, que droga! Esse enturmado era da antiga escola, e a garota tímida também, e a guria que se sentou perto da mesa do professor e o bad boy encostado na marquise da porta. É, parece que as coisas vão ser bem difíceis.
Os trabalhos de escola eram um sacrifício, não queria ir para a casa de nenhum deles fazê-lo, tão pouco tê-los em sua casa. Então os fazia só, mesmo que isso lhe custasse uns pontinhos a menos. Mesmo com essa mania de não querer ninguém a sua volta, na sua sala tinham as suas duas primas, ele cresceram juntos, e de verta forma ele tinha um respeito muito grande por elas, mesmo assim, o mundo em que elas viviam não era nem de perto o que o dele estava se tornando. Em uma das suas noites inquietas na cama, ele viu através de sua janela, do alto da casa de sua tia, um anjo. O anjo estava de costas e parecia olhar para longe. O anjo se virou e recolheu suas asas, asas feridas e quebradas, olhou na direção d’Ele e chorou. Nesse mesmo instante a chuva caiu com violência, e ele acordou. Na hora não tinha percebido de imediato que era um sonho, mais como não perceberia? O anjo era ele mesmo. Ou melhor. Era o ele que não era.
Ele tinha um coração muito mole e fraco, era carente de atenção e de companhia, mais não era isso que ele tinha escolhido? Então porque a tristeza? È parece que ninguém vive só, e não seria diferente com ele, na metade do ano, ele já tinha o seu grupo de estudos que se resumiam nele nas suas primas e em mais uma colega de sala. Seu ano foi bem monótono, viveu a mesma coisa, viu as mesmas coisas, não aprendeu nada, era como se o ano não tivesse existido na sua vida. Mais no final, e apenas no final, percebeu que essas três pessoas que agora faziam parte de seu grupo de estudos eram mais que apenas colegas, era o que ele tinha de mais próximo de amizade, e era bom. Mesmo contente de perceber que não estava sozinho, o medo crescia de novo dentro dele. Seus sonhos era sempre ruins, sonhava com uma vida futura perturbada, com mágoa e remorso e a satisfação de estar acompanhado logo se passou, quando se lembrou do outro ele, que até agora não se mostrou mais que em sonhos, mais que era uma presença constante na sua vida.

Terminou o ano monótono, ele começou o ano só, e agora fazia parte de uma estrela de cinco pontas, suas duas primas, sua colega de sala, ele mesmo e o outro ele.

No natal desse mesmo ano, ele resolveu passar dormindo ao invés de passar com sua família que era o de costume. Dormiu. Abriu os olhos e viu que se encontrava em um lugar um pouco diferente da sua casa, era úmido e bastante escuro. Viu uma luz vindo de uma das salas do lugar e foi atrás para saber o que era. “É um sonho e nada mais, que pode acontecer comigo?” Entrou na sala aonde a luz vinha, era fraca mais dava para ver direito o que se passava em seu interior. Tinha uma pessoa de cabelos brancos a em pé com uma faca escorrendo sangue em uma das mãos e de frente para o corpo que supostamente acomodará em seu interior a lamina. Ele viu e não pode acreditar, o cadáver no chão era do anjo, era da outra expressão do espelho, era Ele. Mais quase caiu e sentiu ânsia de vômito quando o assassino se virou, com uma expressão terrível no rosto, olhou bem no fundo da alma d’Ele.Derrubou a faca no chão e sorriu sarcasticamente como dizendo que ele era o próximo. Mais o que era assustador no rosto do assassino não era como exatamente o que era, olhos negros, sorriso aterrorizante...Mais era o fato de ser Ele. (...)

Um comentário:

Almira disse...

Nossa, esta parecendo as historias de terror de Edgar Allan Poe =*