Ei!

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ainda Há dependecia

As coisas mudaram, eu sei, mais de certa forma tudo aquilo que ainda continua o mesmo mudou.
talvez seja a forma de como eu encaro cada situação, cada momento e as emoções. este ainda é um ponto perturbador, parecem ainda tão superficiais, tão fingidas, não entendo como não consigo chorar ao ver o desespero de uma uma criança que perdeu sua família em um acidente quando estou cara-a-cara com o ocorrido, mais choro desesperadamente com alguma cena fictícia de um filme bem feito. Talvez seja a forma como o cineasta a coloca nas telas, ou pode ser a trilha sonora no momento que essa sena segue, ou até mesmo os dois tanto faz. Mas o que incomoda mesmo é sempre me emocionar sozinho, sem ninguém presente sem nenhuma testemunha.
Sou tão falso assim, em recuar ainda quando eu descubro que uma pessoa gosta de mim? pode ou não ser reciproco, que pode ou não ser tudo verdade?
Não sei exatamente o que me rege agora, mais sei que ainda preciso sentir dor, preciso, assim sei que ainda estou vivo, que ainda percebo, que ainda posso escrever.
já não vou mais atrás de meus desejos masoquistas como ia antes, antes de tudo, antes de saber, antes de conhecer exatamente como sou.



Não sei se consigo ir muito longe sendo assim, não sei até onde eu posso agradar ou desagradar as pessoas sendo assim, não sei onde eu vou chegar sendo assim!

as únicas coisas que sei agora, é que ainda posso sentir o que podia sentir antes, compreender o que antes não era compreendido e saber quando estou me enganando.

apesar de não saber muita coisa ainda, sei de uma verdade podre e patética...

...Ainda há dependência.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não sei mais escrever, é não sei o que me deu, simplesmente de uma noite pra outra eu to morto.
deve ser a dor, sempre é a dor. Nos inspira e transforma qualquer tormento em palavras doces e afáveis, ou em palavras amargas e fortes, sempre seguindo uma linha de raciocínio diferente de quando estamos sóbrios desses sentimentos.
Vai ver, eu levei em consideração as minhas próprias palavras e não me importo mais de como as coisas foram, como elas são, e não me importar nem mais um pouco de como elas serão agora.
O que me atormenta nesse momento é só o fato do meu espírito, alma, seja lá o que for estar desesperado para recuperar o tempo perdido, tempo esse que eu estava esperando uma coisa que sempre soube que nunca mais voltaria.

domingo, 8 de agosto de 2010

Amanhã é apenas hoje mais um

Tem um elefante branco no meio da sala.
Ele ocupa muito espaço,
Pelo menos agora,
Eu não pretendo tirar ele de lá.
Na verdade, a relevância dele é uma coisa que eu já nem quero mais saber.

Minhas costas doem e minha estima está desaparecida,
Enquanto os sabiás cantam do lado de fora e o som que eu escuto é o da minha lamentação,
Que se tornou um único verso: por que?

Não é uma indagação da curiosidade ou até mesmo da necessidade de vir a conhecer a causa de QUE mas o fato de indagar algo, seja esse algo o que for. E por que o porque? Não posso ficar na ignorância? Na ausência da luz?

Estou preso no meu casulo a tanto tempo que não tenho certeza se ao sair será demasiado tardio para poder bater minhas asas, mas eu sei que posso arriscar, pelo menos a luz eu vou enxergar afinal de contas, amanhã é só hoje mais um.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

minha playlist da madruga




Coloquei Winter de Vivald pra tocar,
Adoro essa música, é uma das poucas da minha playlist de madruga que não me fazem menor que já sou.
Lembra-me muita coisa, coisa que ninguém alem de mim lembra, e o mais chato ou a melhor parte disso não sei explicar, é que não posso falar dessa lembrança pra ninguém. Pois apenas meus sentidos foram capazes de captar e registrar essa lembrança naquele exato momento.
Eu estava deitado, e levantei tão depressa que tive a impressão de ter levantado somente em espírito da cama.
Você estava sentada na frente do computador. Não pude ver sua expressão, mas percebi que apreciava a música assim como eu. E aquele momento foi sublime para mim.

Agora está tocando te last man - clint mansell, trilha sonora do filme the fountain.
essa musica é apenas minha, faz parte apenas de mim, penso, lembro, não me controlo e choro.
é tão chato ter a ciência que não volta.
é tão chato ter o tempo como o pior inimigo, alem até de mim.
sinto o cheiro passando por entre as pessoas, as risadas, as quedas, e não fico triste apesar de estar enxugando a segunda lágrima que salga o lado esquerdo do meu rosto.

Não! Desculpa-me induzir um pensamento que foi você ou fui eu quem permitiu que elas aparecerem,
elas simplesmente apareceram, e eu não quero mais impedi-las.

de tempos em tempos, ainda trocamos alguma coisa, algum afeto bem carinhoso no meio de palavras turbulentas e bastante secas.

mas convenhamos, nunca fomos de palavras bonitas, alem do antigo e mal usado eu te amo!