Ei!

Para entender melhor as indicações
de livros e filmes que faço, clique nas imagens ;)

quarta-feira, 31 de março de 2010

Epitáfio

Morreu aos seus 19 anos,
Sorria, mesmo que de fachada, mais sorria.
Cantava, mesmo que fora do ritmo, mais cantava.
Corria, mesmo sem uma direção, mais corria.
E sonhava, mesmo sem um propósito, mais sonhava.

Jaz aqui ele, quem me trouxe a plena,
Que me criou a partir de suas lágrimas,
Jaz aqui ele, quem me trouxe a vida,
Que me criou a partir de seu suor.

Lutou para que eu sobrevivesse nesse novo mundo,
Lutou para que eu aprendesse com os erros,
Lutou para que assim que morrer eu tomasse conta de tudo
Lutou para que eu existisse.


Jaz aqui Yuri, sonhador.
Vive agora Yuri, apenas.

terça-feira, 30 de março de 2010

Despedida

Senti-me um brinquedo, não na hora mais depois.
Na hora só não pude pensar, de fato não previa esse movimento, mais o que é mais estranho
É o fato de depois, bem depois eu perceber. E agora?
Não tenho mais o direito de hesitar, não mais. Já o perdi a muito.
E agora só tenho oportunidades para acertos e mais nenhum erro.
Vi isso sosinho, acredite, e antes disso tudo, pode ter certeza.
Minha dúvida não é mais sobre mim, apesar de ter voltado com a hesitação,
É sobre o restante, o restante sempre foi o problema.
Nunca pensei que as coisas ou pessoas que estavam em 3ª perspectiva poderiam acabar comigo assim, mas sempre acabam.

Novamente sonhei conosco, e a muito não o fazia. Não me senti bem, pois sou o único a ter esse sonho. Lembra do tapa que você me deu depois? Eu não entendi, dessa vez não fui eu quem forçou essa situação, não merecia aquilo!

Merecer! Será retribuição ou você está mais confusa que eu?
Eu deveria mesmo me importar com sua dor?
Essa dor já não é a mesma, já não é a minha! E então?
Não vai falar nada não é?
Melhor assim, nunca sei responder-te a altura.

Mais uma coisa nesse emaranhado de “não sei o que fiz”
Eu tiro algo bom, tiro um peso das costas, é, um peso enorme que me fatigava.
Eu tiro algo ruim, carinho, não posso mais sentir carinho depois disso,
A única coisa que ainda podia ofertar. E já que agora já não tenho nada para trocar contigo, só me restar dar adeus, mais não posso te dar ele assim sem mais nem menos, não deu certo uma vez, não dará outra, preciso que troque comigo.

Preciso trocar meu único adeus, por um dos seus vários.


Vicio

Ah! Esse cheiro.

Esse cheiro que me provoca sensações fantásticas,
Esse cheiro que me provoca arrepios
Esse cheiro que me provoca um sorriso,
Esse cheiro que me provoca bem estar.

Esse cheiro.

Esse cheiro que me dá ânsia de vômito,
Esse cheiro que me dá calafrios,
Esse cheiro que me dá vontade de chorar,
Esse cheiro que me dá tristeza.

Não consigo viver com ele,
Não consigo viver sem ele,
Não consigo pensar nele
Não consigo fingir que ele não está lá.

Antes fosse o perfume,
Mais não é, é esse maldito feromônio que exalas do seu corpo.
Essa armadilha de odores em conjunto que caì, e caio.
E ainda não sei se é por vontade próprio ou não.

Ah! Aquele frio na barriga ainda continua quando você chega perto,
Mas ele some quando me imagino em um lugar longe de ti.

Queria deixar de ser tão orgulhoso e te abrir as portas para que o cheiro entre novamente, dessa vez, sem forçar, sem enojar, sem preconceitos.
Mas acabei de lembrar, minhas portas estão escancaradas...Por isso o cheiro entra a hora que bem entende, mais não entende que não é toda a hora que eu quero o sentir.
Esse narcótico conseguiu um usuário padrão, e seus efeitos colaterais já estão batendo, não durmo mais, não sonho mais, não dou mais risadas, não dou para mais nada.

Está decidido! Amanhã mesmo eu vou para uma clinica me tratar, não posso acabar o resto dos meus dias nesse vício que não me levará a lugar algum.


“A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando se tem o prazer seguido da dor”  Margaret Mead

Não me ame como a um irmão!


Vejam só como as coisas são.

Tenho a impressão de ter tudo e ao mesmo tempo não tenho nada
Tenho a impressão de não ser compreensível e na verdade o que acontece é o contrario
Tenho o necessário para ser valorizado e não valorizo nem a minha própria vida

Tenho um emprego, uma base profissional,
Uma possível veia musical e uma inesperada artéria de escritor.
Mais ao mesmo tempo não tenho nada

A nossa história já foi contada e a final, Nó, fez por conta própria,
Não somos mais um só, por que queríamos ser um só individualmente.

Um imã separado uma vez,
Não pode mais ser um único imã
É fisicamente impossível,
Por isso... Deixa-me, deixe-me acompanhado apenas comigo mesmo.
Por enquanto é da única companhia que realmente preciso
Preciso me achar novamente, e você não me dá liberdade para isso.
Com suas voltas subidas e suas investidas para o nada

Raspas e restos não me interessam,
Não me ame como a um irmão. 

segunda-feira, 29 de março de 2010

que sou eu?

Quem sou eu?
Eu sou o Faquir ou o Bililiu?
O Emo ou o metal
O cazuza ou o Jimmy Simmos
O Willy Wonca ou o Edward?

Quem sou eu?
O fato ou a ficção?
A mentira ou a omissão?
A estratégia ou a sinceridade?
O carinho ou a bolinação?

Na verdade, tenho uma leve impressão
Que no final do estudo para essa resposta
Acabe enxergando de verdade que as respostas sempre foram às perguntas.

Já está na hora de dar oportunidade para outras verdades que não sejam as minhas, já está na hora de dar oportunidade para outras pessoas que não sejam as mesmas. Já está na hora de dar oportunidades para mim que já não sou o mesmo.

E nessa confusão de sentimentos “qualquer coisa que se sinta... deve haver algum que sirva” (Pitty)

sábado, 27 de março de 2010

Amor

É tão difícil pronunciar essa palavra, claro que para outras pessoas deve ser mais fácil e até agradável.
Amor, maldito coletivo de sentimentos, cada um com a sua explicação, e nunca são as mesmas quando postos lado a lado na gigantesca explicação do que é o amor.
Claro que não me encorajo de tentar explicar o que é esse sentimento, pra ser sincero, acho que ainda não fomos claramente apresentados. No nosso ultimo encontro às coisas ficaram meio estranhas entre nós.

“Oi. Sou amor! Existo desde sempre. Vim preencher seu vazio e tornar sua vida mais feliz”.
Oi sou Yuri, existo há 19 anos, não pretendo preencher meu vazio contigo.
“Você é um pouco rude não acha?”.
Não acho que seja, ao contrario que todos dizem, sou até que carinhoso.
“Não sentes que está faltando algo dentro de você, um vazio que livro, filme ou informação alguma consegue preencher?”.
A sim, me sinto assim de vez em quando, mais acha que pode preencher esse vazio?
“Claro que sim, me aceite e verás que sua vida ainda pode ter sentido”.
Achas que minha vida é sem sentido por causa de sua ausência?
“E por que não seria?”.
Não acredito! O amor é prepotente e possessivo, por qual motivo iria querer você?
“...”.
Há dezenove anos sobrevivo sem tua presença, e agora que comecei a viver insiste em fazer parte da minha vida? Não acha que é muito tarde para tal?
“Nunca é tarde para amar”
E nunca é tarde para dizer não
“Ok. Sem pressão, não virei mais até ti, mais um dia tu viras até mim”.
Não espere por mim
(foi embora)

Vai tarde, maldito, não suporto nem ouvir seu nome, me dá ânsia de vômito!
Espera! Pra quem estou falando isso? Pra mim? A não, to sozinho de novo. Mandei minha única Campânia pastar, como será que faço o amor voltar?

quinta-feira, 25 de março de 2010

falta!



O que realmente é isso?
Não sei do que sinto falta
Mais sei que a falta está aqui!
Mais como pode isso então?

Tenho falta das pequenas risadinhas de satisfação
Da conversa longa
Do cheiro do perfume
Do gosto do livre.
 Às vezes acho que sinto falta é de ser preso,
Era uma época que eu não precisava pensar de mais nas coisas,
Que a decisão de algo acontecer não cabia a mim, nada dependia de mim para dar certo!

Então, sinto falta, sinto falta de não pesar tanto em decisões.
Sinto falta de não estar no centro das atenções
Sinto falta de sorrir.

Essa palavra resume tanto alguma coisa.
É uma palavra simples, mais que sempre me deixa sem o que dizer depois que escuto.
Não gosto de escutar que sente a minha falta,
Pois como vou explicar que a única falta que sinto é a própria falta de sentir falta?

segunda-feira, 22 de março de 2010

8 (Ele parte 8)

Oitava série do ensino fundamental, o ultimo ano da “infância” e a metade da maldita puberdade. Cravos, espinhas, ereções inesperadas...Vontades inquietantes.
Enquanto todos se desesperavam para correr atrás de notas, no ano que talvez fosse o mais difícil do ensino médio, Ele estava tranqüilo, e lembrou da história da cigarra e da formiga, com a diferença que ele era a única formiga, e o restante, as cigarras desesperadas.
Um dado importante que o interlocutor deixou passar, nesse ano, depois de vários outros sem contato, o pai D’Ele entrou em contato. No final de seu segundo ano no baixo ensino fundamental ele se separou de sua esposa, todos choraram, ele não demonstrou como todos o seu entristecer devido à ocasião preferiu ficar quieto.
O ensino médio estava ai, e ele ainda estava tranqüilo até as mesmas sensações que vinha quando mais novo apareceram de novo. À vontade de ter alguém. De escutar eu amo.
Que droga! Estava indo tão bem, agora isso?
Mais não era apenas seus malditos hormônios que estavam agindo novamente, o medo voltara, não se sabe como, mais voltara. Já não conseguia ficar só, o escuro o amedrontava, e ter a companhia de uma outra pessoa passou a ser mais que vontade mais uma necessidade. O ano foi turbulento, suas notas caíram, sua atenção estava em outros rumos, rumos diferentes dos que se encontrava antes, sem motivo nenhum aparente, tudo que era antes voltou! Não conseguia deixar de importar com comentários de terceiros.
Correu atrás, passou de ano, tomou outros “não” se fechou mais um pouco, regrediu no tempo!
Preferiu não passar o natal nem o ano novo com ninguém, só com sua voz!
No seu ultimo dia, fez um ritual, nenhum que já tenha visto. Pegou todas as suas coisas que lembravam de sua condição degradável, suas cartas recebidas, suas próprias mentiras. Juntou e ateou fogo. Aquilo era pra representar que agora teria umas vidas novas, que uma fase nova da sua vida iria começar, e a antiga se extinguir. Mais chorou, pois ali estava sua vida até agora, ruim ou boa, era a sua vida.
Foi-se dormir em pranto!
Deitou-se em sua cama que parecia mais aconchegante que em qualquer outra data.
Aos poucos, as vozes de comemorações do ano vindouro foram se apagando, os sentidos foram se perdendo pouco a pouco, estava começando a dormir.
Momentos antes de mergulhar no seu subconsciente, escutou uma voz lhe dizendo:
“Dorme, agora é minhas vez”.
Dormiu.

sábado, 20 de março de 2010

Ela

Ela

Que me enlouquece,
Que me incomoda,
Que me chateia,
Que me entristece.

Ela

Que me faz ser um paspalho,
Que me faz ser tão bobo,
Que me faz ser este estúpido
Que me faz ser ridículo.

Ela, essa mesma.

Que me faz sentir como viver é bom,
Que me faz sentir o céu e a terra ao mesmo tempo,
Que me faz sentir que a vida é bela,
Que me faz sentir arrepios de vontade.

Ela, não a outra.
Essa não aquela

Ela não pode ser entendida
Ela não pode ser vista.

Bendita auto-estima.



Clandestino.

Eu ganhei um beijo clandestino!
É isso mesmo!
Ele veio em uma hora inoportuna,
Em um momento meio difícil,
E sem nem mesmo me avisar!

Eu ganhei um beijo clandestino!
Sabe aquele beijo safado?
Aquele beijo que não deveria existir?
Aquele beijo que veio de uma pessoa que nem deveria estar aqui?
Foi esse o beijo que ganhei.

Mais apesar da sua clandestinidade,
Foi sincero,
Foi humilde,
Foi o beijo mais inesperado de minha vida,
Mais também foi o beijo mais aguardado.

Não foi um beijo qualquer
Daqueles que as pessoas dão apenas por vontade
Daqueles que se dá para promover o caos
Foi como antes,
Foi como se ninguém mais existisse.

Ganhei um beijo clandestino.
Que estava escondido no meu convés
Convés esse que só estava eu
Convés que foi o único a presenciar a clandestinidade ser absolvida
Convés esse que ficou assim que o clandestino foi jogado ao mar.

Eu ganhei um beijo clandestino.

sexta-feira, 19 de março de 2010

sétimo (Ele parte 7)



A sexta série acabou, foi um alivio, pois a maioria das pessoas que não suportava ver, só os veria no próximo ano, mais nas férias...
Ainda não queria se “misturar” com os outros, mais a convivência consigo mesmo estava ficando extremamente cansativa, não queria mais ter apenas o espelho para comentar seus pesadelos, mesmo por quê, o seus espelho era um dos protagonistas de seus sonhos ruins.
Apareceu uma garota, um pouco mais nova, mais com uma forma de portar como se fosse mais velha, e era claro que era mais experiente que ele. Em um simples comentário, ela o enredou, Ele não podia se negar a ir, era a primeira quem o chamava, e não o contrario!
Não sabia o que fazer, se acoplava as suas papilas gustativas nas dela, ou se simplesmente tocaria seus lábios incrédulos nos lábio convictos da garota. Ele a pediu um beijo, ela recusou, então buscando vontade sabe-se lá de onde ele a beijou, para o seu primeiro beijo não se saiu mal, mais como saber, não o tinha feito outras vezes para comparar. Dias após o acontecido, ela não quis mais o beijar, alegando estar interessada em um outro colega de rua D’Ele, ele não se importou muito com isso. Mais se importou do fato de não ter se importado. Poxa! Foi a primeira vez que lê beijou uma garota, tinha que ter alguma importância, talvez pelo fato dessa garota não ter uma reputação amigável o tivesse feito pensar dessa forma, ou não, coisa difícil de saber.
Sétima série, seus amores do passado foram embora para darem lugar a seu maior amor, a leitura, descobriu nas histórias de miss. Marple e Sherlock Holmes o fantástico mundo do suspense, em pessoa as diferentes formas de dizer uma mesma coisa, aprendeu como Sofia a história da filosofia, e começou a escrever seu primeiro livro (que não imaginava que teria vários nomes e nenhum final). Nos mais, sua sétima foi o mesmo que sempre, só que dessa vez não houve mudanças repentinas, não houve mais amores, não houve mais ninguém. Apenas ele, os livros e ele.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Novo de novo!

Está escuro e muito quente, preciso sair!
Mais o que há lá fora.
O que há?
Será diferente do que é aqui dentro?
Mais aqui é tão aconchegante... Tão gostoso!
Mais realmente estou cansado disso tudo, preciso de um ar para respirar!
Mais como vou sair daqui?

Vou empurrar, quem sabe alguma porta não se abre?
O que é isso que eu vejo, essa luz ofusca meus olhos!
Deixe minha visão acostumar com isso tudo,
Talvez veja alguma coisa!

A sim! Agora vejo, vejo tudo!
Eu morava dentro desse casulo e mesmo me sentindo seguro, por todo esse tempo, eu perdi isso tudo!

domingo, 14 de março de 2010

seis pontas (Ele parte 6)

A sexta série era um mundo diferente, era uma outra escola, outras pessoas um outro lugar!
Mais não fazia muita diferença para Ele, já tinha se decidido a respeito de sua convivência com terceiros, e ela seria nula.
Não prosseguiu papo com o enturmado que se sentou ao seu lado, e nem para a garota tímida que o olhava do canto da sala. A não, que droga! Esse enturmado era da antiga escola, e a garota tímida também, e a guria que se sentou perto da mesa do professor e o bad boy encostado na marquise da porta. É, parece que as coisas vão ser bem difíceis.
Os trabalhos de escola eram um sacrifício, não queria ir para a casa de nenhum deles fazê-lo, tão pouco tê-los em sua casa. Então os fazia só, mesmo que isso lhe custasse uns pontinhos a menos. Mesmo com essa mania de não querer ninguém a sua volta, na sua sala tinham as suas duas primas, ele cresceram juntos, e de verta forma ele tinha um respeito muito grande por elas, mesmo assim, o mundo em que elas viviam não era nem de perto o que o dele estava se tornando. Em uma das suas noites inquietas na cama, ele viu através de sua janela, do alto da casa de sua tia, um anjo. O anjo estava de costas e parecia olhar para longe. O anjo se virou e recolheu suas asas, asas feridas e quebradas, olhou na direção d’Ele e chorou. Nesse mesmo instante a chuva caiu com violência, e ele acordou. Na hora não tinha percebido de imediato que era um sonho, mais como não perceberia? O anjo era ele mesmo. Ou melhor. Era o ele que não era.
Ele tinha um coração muito mole e fraco, era carente de atenção e de companhia, mais não era isso que ele tinha escolhido? Então porque a tristeza? È parece que ninguém vive só, e não seria diferente com ele, na metade do ano, ele já tinha o seu grupo de estudos que se resumiam nele nas suas primas e em mais uma colega de sala. Seu ano foi bem monótono, viveu a mesma coisa, viu as mesmas coisas, não aprendeu nada, era como se o ano não tivesse existido na sua vida. Mais no final, e apenas no final, percebeu que essas três pessoas que agora faziam parte de seu grupo de estudos eram mais que apenas colegas, era o que ele tinha de mais próximo de amizade, e era bom. Mesmo contente de perceber que não estava sozinho, o medo crescia de novo dentro dele. Seus sonhos era sempre ruins, sonhava com uma vida futura perturbada, com mágoa e remorso e a satisfação de estar acompanhado logo se passou, quando se lembrou do outro ele, que até agora não se mostrou mais que em sonhos, mais que era uma presença constante na sua vida.

Terminou o ano monótono, ele começou o ano só, e agora fazia parte de uma estrela de cinco pontas, suas duas primas, sua colega de sala, ele mesmo e o outro ele.

No natal desse mesmo ano, ele resolveu passar dormindo ao invés de passar com sua família que era o de costume. Dormiu. Abriu os olhos e viu que se encontrava em um lugar um pouco diferente da sua casa, era úmido e bastante escuro. Viu uma luz vindo de uma das salas do lugar e foi atrás para saber o que era. “É um sonho e nada mais, que pode acontecer comigo?” Entrou na sala aonde a luz vinha, era fraca mais dava para ver direito o que se passava em seu interior. Tinha uma pessoa de cabelos brancos a em pé com uma faca escorrendo sangue em uma das mãos e de frente para o corpo que supostamente acomodará em seu interior a lamina. Ele viu e não pode acreditar, o cadáver no chão era do anjo, era da outra expressão do espelho, era Ele. Mais quase caiu e sentiu ânsia de vômito quando o assassino se virou, com uma expressão terrível no rosto, olhou bem no fundo da alma d’Ele.Derrubou a faca no chão e sorriu sarcasticamente como dizendo que ele era o próximo. Mais o que era assustador no rosto do assassino não era como exatamente o que era, olhos negros, sorriso aterrorizante...Mais era o fato de ser Ele. (...)

Limite




Limite, limitado, limitando!

É esse o meu limite.
Não posso ser mais poético nem mais romântico,
Não posso ser mais atrevido e mais descolado.
Não posso ser mais feliz ou mais triste,
Não posso ser mais ardente ou frio.
Pois esse é o meu limite!

Sou limitado.
Há não passar de ser apenas o que já sou
Há não passar da água para o vinho
Há não passar despercebido
Há não passar para a maturidade
Pois é nisso que estou limitado.

Continuo limitando.
Pois é assim que eu sou
Pois é assim que fui encontrado
Pois é assim desde que me compreendo
Pois é assim e não posso fazer nada.

Limite, limitado, limitando!

sábado, 13 de março de 2010

Quinta dos infernos (Ele parte 5)

Passado algum tempo que nada de cá e nada de lá, Ele resolveu falar o que sentia, ainda mais que sua prima, amiga intima da garota em que Ele se interessara disse que ela nutria os mesmos sentimentos que ele. Opa, não é que as coisas estão mudando, pensou Ele, então a chamou em um canto, e mesmo com sua vergonha a mil falou para ela, olhando para o chão é claro.
Ela o recebeu com um sorriso aberto e completou dizendo que não agüentava mais ter que esperar ele se resolver a tentar alguma coisa, então marcaram um lugar para se encontrarem.Ela não foi...E na segunda vez também não foi, nem na terceira nem na quarta.
Isso não era bom, onde foi que Ele errou? Será que esqueceu de fazer alguma coisa?
Perguntou então para sua prima: Mais ela não gosta de mim como eu gosto dela? Ela não me acha especial como eu a acho? “NÂO, que saco não agüento mais você falando dela, ela disse isso porque sentiu pena de você, ela te acha patético, nenhum pouco interessante e convenhamos, Ela não esta errada!”. Baque.
(Temos cartas trocadas, ela me mandou uma foto, tenho o cheiro dela registrado em mim!
Ela gosta sim, não é possível fingir a esse ponto, não é possível!)
Que quinta série mais estranha, Ele começou a reparar as pessoas a sua volta, não se preocupando com nada alem deles. Preocupados apenas em se divertir, não importando se isso afetaria alguém. Ele se encontrava na escola e por isso prezava em ser um bom aluno, enquanto os outros se preocupavam apenas em ser melhores uns que os outros. Isso era deprimente mais na visão deles, quem era deprimente?
Ela mentiu, realmente mentiu, queria tirar um sarro do nerd idiota, queria fazer parte do grupinho dos descolados, não queria viver o resto da vida como Ele. O mundo é dos expertos, e Ele não tinha nem um pouco dessa esperteza para a sobrevivência em conjunto, o que nos leva a crer que é fora da sociedade que ele poderia viver. Era esse o seu ponto de vista. Foi para um lugar onde ser mais experto que o outro não era preciso, que ser sempre bonito e andar na moda não eram leis. Então se enclausurou em seu mundo particular,
Onde não era preciso ter nada disso, sem criticas, sem problemas, sem amores, apenas e eventualmente, Ele.(...).

quarta-feira, 10 de março de 2010

Eu quero uma vitrola

Sim, tenho ódio e amor!

Não, não são sentimentos opostos!

Tenho os dois, e tenho os dois por mim, não por você, não por eles, mais por mim!

Amo-me, pois sou gentil, me odeio por fazer a gentileza parecer bem maior que é!

Amo-me, pois sou sincero, me odeio por torná-lo um defeito!

Amo-me, pois sou capaz de amar, me odeio por não ser capaz de mostrar!

É mostrar! Não provar, não preciso disso, preciso é de uma vitrola!

Que diga tudo que disse, que fale tudo que falei, e compreenda como compreendo!

Sem sair do meu tom!

Sem perder o timbre!

Minha solidão não é estar exatamente só aqui e agora!

Mas é dizer amor e escutarem tesão!

Minha solidão não é a falta de calor.

Mas é dizer calor e só escutarem frio.

Eu quero uma vitrola,

Para ela dizer O MEU eu te amo.

Para ela dizer O MEU eu te odeio.

Eu quero uma vitrola

Para escutar meus antigos discos,

Para escutar a nostalgia.

Escutar da minha voz não é mesmo que escutar da sua!

Mais é o que posso ter por agora.

O rosto

É um rosto vivo e bonito,
Chama atenção e é bastante sorridente,
É um rosto de um amigo, de uma pessoa que você pode confiar... Se entregar!
É um rosto que não é mais!
É uma expressão perdida.
Assim como veio, foi embora, de repente...
Não gosto de ver as coisas como estão!

Agora é um rosto sem vida e pálido,
É despercebido e triste,
Um rosto de um desconhecido, de uma pessoa que não se pode confiar... Se entregar!
É um rosto que sempre foi!
É uma expressão revivida.
Assim como foi, voltou, de repente...
Não gosto de ver as coisas como estão!
Alguém ai viu onde deixei minha mascara?

terça-feira, 9 de março de 2010

Quarta (Ele parte 4)

Ele não se portava mais como antes. Não comia como antes, não andava como antes, não fingia como antes... Agora era sempre diferente para o que acontecia a sua volta. Sua irmã já não o fazia se sentir menor do que era, pelo contrario, ao reparar nela agora ele sentia pena. Não se engrandecia com esse fato, apenas sentia pena, não por ela ser como era mais pelo fato de nunca ser como Ele.
Seis meses decorridos do “encontro consigo mesmo” Ele ainda continuava como no dia anterior do fato consumado. Mais a sua infância ia ficando para traz, não corria mais, não escondia mais, não jogava mais. Na cabeça de seus familiares passaram-se tudo. “Esse guri é altista”, “Pô! Com dez anos de idade o menino vai começar a ter retardo mental”.
Ele estava na quarta série do ensino fundamental agora, é a época em que meninos e meninas começam a virar rapazes e moças. Onde a puberdade injeta turbilhões de hormônios no organismo que alteram a pessoa por completo, tanto física quando mentalmente, mas...Ele já tinha passado por uma transformação mental muito grande, o que viria agora?
Sua metamorfose testosterônica o deixou confuso, pois nunca tinha sentido atração por mulheres, e agora essa atração o bateu com força violenta, quase como uma necessidade.
Mais que seus problemas antigos, agora enfrentava um novo desafio, sua vida inibida, a timidez era tão alta que sentia o que chamamos de “vergonha alheia”, conseqüentemente a relação com outras pessoas era uma coisa muito difícil de se fazer ou ter...No ano anterior nutria encantos por uma garota de olhos verdes e orelhas de raposa. Não conversava com ela ou sequer trocava olhares, ela não sabia seu nome, enquanto ela sabia muita coisa sobre ela. Na no ano onde nos encontramos na história ela já não estudava mais em sua escola, então ele se forçou a encontrar alguém para por no lugar da raposinha de olhos verdes, não demorou e a encontrou, era simples, não era muito bela mais tinha um sorriso encantador que aquecia sua face e esfriava seu abdômen. Era uma sensação ao mesmo tempo gostosa como incomoda, nunca sentira isso, o deixara vulnerável e não o permitia pensar como de costume... Uma certa vez, nessas danças juninas (um exercício que Ele se impôs a fazer) Ele foi disputado por duas garotas, não o valiam muito a conquista, pois uma delas era sua prima e a outra ele não nutria algo em especial nem a amizade. Mais foi ele. O sorriso que esfriava e aquecia ao mesmo tempo quem o puxou para a dança, nos dias de ensaio, ele se sentia a pessoa mais feliz do mundo, por ter sido a escolha da sua escolha(...)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Origem do Dia Internacional da Mulher

O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher

Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.

Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.

Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como

"Dia Internacional da Mulher".

Fonte: http://www.portaldafamilia.org/datas/diadamulher/origem8demarco.shtml

Todos os anos é a mesma coisa, "feliz dia das mulheres" pra cá pra lá. Mais a grande maioria da população brasileira não sabe o por quê disso.

Na verdade não é um presente que uma mulher deveria receber nesse dia, e sim um “preste atenção” , acorde, não deixe o que foi conquistado morrer assim!

sábado, 6 de março de 2010

Passos errados


Quem sabe ainda sou um garotinho?
Esperando o ônibus da escola...Sozinho


quem sabe ainda espero o que não há necessidade de ser esperado!?
Quem sabe ainda não percebi que não há nenhum quebra-cabeça a ser montado!?

Porque não começo a inverter as coisas?
Paro de ser tão distante de mim mesmo?
É medo de encontrar ou de ser encontrado?
Ó céus, disse uma vez que a ignorância é uma benção, mais ela está começando a me encher

ignorância me leva a dúvida, que me leva ao medo que me leva a insegurança!

Passos errados.

três (Ele parte3)

Até um certo ponto Ele suportou absorver as frustrações de sua irmã revoltada, isso acabou quando em um dia, sequer sem pedir licença, um pensamento o inundou. Dessa vez não era uma voz que ele escutava, parecia mais alguma força de atração, mais como poderia ir atraz dessa força? Estava escuro, era de madrugada DROGA! E agora? O que ele sentia era mais forte que seus medos, não podia deixar de ir, então levantou da sua cama calçou seus chinelos e procurou o interruptor, NÃO! não podia acordar ninguém, pois tinha que fazê-lo. Tudo bem, Ele agüentava ver seus pais chafurdando na decadência, o escuro era fichinha pra ele agora, até que a voz retorna.
Há quanto tempo ela não era escutada? Deveria ser antes dos acontecimentos anteriores o fazer sentir inferior ao que realmente era, será que as coisas estavam mudando então?
“Estou aqui” a voz foi nítida dessa vez, estava tão perto e era como estivesse saindo de sua própria boca. Medo. “Olhe para mim”. Medo. “Não precisa me temer garoto, não agora” as lagrimas de pavor desciam pelo seu rosto, ele ficou imóvel não conseguia pensar não conseguia respirar, não conseguia sentir nada alem do frio e do medo “OLHE PARA MIM” dessa vez a voz foi incisiva então ele tentou no meio do escuro procurar de onde vinha, mesmo com o medo o corroendo, sabia que não podia deixar de conhecê-la, de saber em fim quem era ou o que era aquela voz, olhou fixamente no escuro e apertou as pálpebras em um esforço de ajudar a acostumar sua visão no escuro então viu algo, no meio do negro. Havia alguma coisa que se destacava, parecia refletir. Chegou perto, olhou fixo, “aquilo” que Ele via estava se aproximando, mais ele sequer percebeu que eram seus pés que os aproximavam. Então ele viu uma pessoa, o cabelo parecia com o dele, os traços nos rosto pareciam com os d’Ele, mais de certa forma não pareciam nenhum pouco.
Não podia acreditar no que via era sim uma outra pessoa, não é possível! Essa pessoa estava no espelho. Medo. Como Ele podia estar vendo uma outra pessoa a não ser ele mesmo no espelho, então chegou perto, bem perto e o espelho lhe disse, agora sabes quem sou...
Abriu os olhos com muito esforço, pois a luz incandescente da lâmpada do seu quarto queimava suas retinas então no meio do borrão que era sua visão viu sua mãe com cara de espanto.”O que foi meu filho? Você estava berrando, acho que acordou todo mundo, você estava tendo um pesadelo” até hoje ele não explicou a mãe às palavras que vieram da sua boca depois, hoje em dia ninguém que estava presente no momento dá importância às palavras D’Ele...”Não é um estranho, sou eu mesmo”.

Próxima semana...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mármore

Entre palavras e outras estou perdido em contextos.
cheguei ao convencimento que o que realmente não se é compreendido são os termos que advém da minha fala, DROGA! Será que realmente quero me fazer entender, ou faço isso justamente para obter o efeito contrario?
Dúvida, dúvida, dúvida, dúvida, dúvida, dúvida, dúvida, dúvida, dúvida, dúvida!
Que tormento, que lamuria, o que eu quero? que quero eu?
isso se faz perder um pedaço de mim todos os dias, em algum momento não terei nada a perder. E quando isso acontecer, temo o pior!
Mais o que seria esse pior?
o que poderia ser?
não me importar contigo?
não me importar comigo?
não me importar conosco?
não sou feito de mármore, não sou frio, não sou seco...
me admiram por considerar-me bastante inteligente e por isso ser capaz de não demonstrar meus sentimentos...
mas sou só uma pessoa leiga, que ainda não aprendeu como se deve demonstrar-los.